Investir é uma jornada pessoal e, ao longo do tempo, cada investidor desenvolve sua própria estratégia e composição de carteira. Neste artigo, vou compartilhar como está estruturada minha carteira de investimentos, quais são meus objetivos e como tenho ajustado minha estratégia ao longo do tempo.
Composição da Minha Carteira

Atualmente, minha carteira é diversificada em diferentes classes de ativos para equilibrar risco e retorno. Utilizo um pouco da metodologia do Thiago Nigro, CEO e Fundador do Grupo Primo, a ARCA (Ações Brasileiras – Real Estate – Caixa – Ativos Internacionais) e da metodologia do Luiz Barsi e Louise Barsi do AGF que utiliza o BESST (Bancos – Energia – Saneamento – Seguros – Telecomunicações), levando em consideração que ainda estou no período de montagem de carteira.
Ações (24,08% da carteira)
Foco em empresas sólidas, pagadoras de dividendos e algumas de crescimento. É a parte principal da minha carteira de investimentos, mesmo não sendo a maior em porcentagem.
ALUP11 (8,06% da Carteira): Alupar (ALUP11) é uma empresa do setor elétrico que atua na transmissão e geração de energia. Com contratos de longo prazo e receitas previsíveis, ela se destaca pela estabilidade financeira e bons dividendos. Seu modelo de negócios resiliente e sua expansão contínua tornam a empresa uma opção interessante para investidores de longo prazo que buscam renda passiva e crescimento sustentável.
PETR4 (7,34% da Carteira): Petrobras (PETR4) é a maior empresa de energia do Brasil e uma das maiores do mundo no setor de petróleo e gás. Com forte atuação na exploração e produção de petróleo, refino e distribuição, a companhia se destaca pelo pagamento de dividendos expressivos e geração de caixa robusta. Apesar da volatilidade do setor, sua posição dominante e investimentos em novas tecnologias fazem da Petrobras uma opção atrativa para investidores que buscam renda e valorização no longo prazo.
ITSA4 (4,51% da Carteira): Itaúsa (ITSA4) é uma holding de investimentos que controla grandes empresas como Itaú Unibanco, Dexco, Alpargatas e Aegea. Conhecida por sua gestão eficiente e foco no longo prazo, a companhia se destaca pelo pagamento consistente de dividendos e por investir em negócios sólidos e diversificados. Com um modelo de gestão conservador e geração de caixa estável, a Itaúsa é uma opção atrativa para investidores que buscam estabilidade e crescimento sustentável.
SOJA3 (2,71% da Carteira): Boa Safra (SOJA3) é a maior produtora de sementes de soja do Brasil, atuando no setor agrícola com foco em inovação e alta produtividade. A empresa se beneficia do crescimento do agronegócio e da demanda global por alimentos, garantindo um modelo de negócios sólido e em expansão. Com margens atrativas, forte geração de caixa e potencial de crescimento no mercado de sementes, a Boa Safra é uma alternativa interessante para investidores que buscam exposição ao agronegócio e ao setor de commodities.
BBSE3 (1,46% da Carteira): BB Seguridade (BBSE3) é a holding de seguros, previdência e capitalização do Banco do Brasil, líder no mercado de bancassurance no Brasil. Com um modelo de negócios resiliente e margens elevadas, a empresa se destaca pelo pagamento consistente de dividendos e forte geração de caixa. Sua parceria exclusiva com o Banco do Brasil garante acesso a uma ampla base de clientes, tornando a BB Seguridade uma opção atrativa para investidores que buscam renda passiva e solidez no longo prazo.
DICA DE OURO PARA O NOSSO LEITOR
A fim de tornar nossos leitores, mestres das finanças, indicamos o Curso Educação Financeira na Prática, que é um guia abrangente para aqueles que desejam transformar sua relação com o dinheiro. Com especialista capacitado e materiais didáticos interativos que tornam o aprendizado acessível e envolvente.
Ao se inscrever no curso, você terá acesso a:
– Módulos abrangentes: Cobrindo desde fundamentos básicos até estratégias avançadas de investimento.
– Exemplos práticos: Aplicação de conceitos financeiros no seu dia a dia.
– Suporte personalizado: Orientação de especialista para suas necessidades específicas
Fundo de Investimento Imobiliário (FIIs) (38% da Carteira)
Investimento em renda passiva por meio de aluguéis. Parte da carteira onde invisto no mercado imobiliário sem precisar comprar de fato um prédio ou casa fisicamente.
MXRF11 (18,89% da Carteira): O Maxi Renda (MXRF11) é um dos fundos imobiliários mais populares do Brasil, conhecido por sua alta liquidez e acessibilidade para investidores. Trata-se de um FII do tipo híbrido, que investe tanto em ativos de renda fixa (CRI, LCI) quanto em imóveis e cotas de outros FIIs. Seu foco principal é gerar rendimentos mensais consistentes, tornando-se uma opção interessante para quem busca renda passiva. Além disso, o MXRF11 costuma apresentar boa diversificação de portfólio e gestão ativa, o que ajuda a mitigar riscos e manter a estabilidade dos rendimentos.
HGLG11 (11,01% da Carteira): O CSHG Logística (HGLG11) é um fundo imobiliário focado no setor logístico, especialmente em imóveis como galpões e centros de distribuição. O fundo investe em ativos de alto padrão, localizados em regiões estratégicas para o comércio e a indústria, aproveitando a crescente demanda por logística e e-commerce. Com uma gestão ativa e uma carteira diversificada, o HGLG11 visa gerar rendimento mensal estável aos seus cotistas, sendo uma boa opção para investidores que buscam exposição ao setor imobiliário com foco em ativos logísticos e de longo prazo.
FGAA11 (8,1% da Carteira): O Fundo de Fundos FGA (FGAA11) é um fundo imobiliário do segmento Fiagros. Os fundos híbridos possuem uma mescla entre fundos de tijolos e fundos de papel.
Leia Mais: Por que investir em dólares? Descubra as vantagens e como começar
Renda fixa (11,42% da Carteira)
Essa parte da carteira está toda no Tesouro Direto, para segurança e liquidez. É a parte da carteira onde está investido o racional, a parte realmente em dinheiro.
Tesouro Prefixado (7,87% da Carteira): o Tesouro Prefixado é um título do Tesouro Direto emitido pelo Governo Federal, com vencimento fixado no ato do investimento com taxa de juros fixa. Isso significa que, no momento da compra, você sabe exatamente qual será o rendimento até o vencimento, sem surpresas, independentemente das oscilações da economia ou da Selic. Esse título é ideal para investidores que buscam segurança e rentabilidade previsível no médio prazo.
Tesouro Selic (2,94% da Carteira): O Tesouro Selic é um título público do Tesouro Direto atrelado à taxa Selic, a taxa básica de juros da economia brasileira. Ele é considerado um dos investimentos mais seguros do mercado, pois é garantido pelo governo federal. A principal vantagem do Tesouro Selic é sua liquidez diária e o fato de acompanhar as variações da taxa Selic, tornando-o ideal para quem busca rentabilidade pós fixada sem correr grandes riscos.
Tesouro IPCA+ (0,59% da Carteira): O Tesouro IPCA+ é um título público do Tesouro Direto que oferece rentabilidade composta por uma taxa fixa mais a variação da inflação (IPCA). Esse modelo garante que o investidor sempre tenha ganho real, ou seja, acima da inflação, preservando e aumentando o poder de compra ao longo do tempo. Esse título é indicado para investidores de médio e longo prazo, especialmente aqueles que buscam proteção contra a inflação e querem garantir uma rentabilidade previsível.
Criptomoedas (23,22% da Carteira)
Exposição controlada para diversificação e potencial de crescimento. No setor cripto eu aposto somente no Bitcoin, pois não é apenas uma criptomoeda, acima de tudo é uma forma de democratizar o acesso ao sistema financeiro global.
Bitcoin – BTC (23,22% da Carteira): O Bitcoin (BTC) é a primeira e mais conhecida criptomoeda do mundo, criada em 2009 por um desenvolvedor (ou grupo) sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto. Ele funciona como uma moeda digital descentralizada, operando em uma rede blockchain, sem controle de governos ou bancos centrais.
Inegavelmente, o Bitcoin é amplamente utilizado como reserva de valor e meio de troca, sendo considerado o “ouro digital” por muitos investidores. Pois sua valorização ao longo do tempo, foi impressionante, saindo de centavos em 2009 para mais 100 mil dólares em 2025.
Exchange Traded Fund – ETF – (3,28% da Carteira)
É um tipo de fundo de investimento que replica o desempenho de um índice de referência. É uma forma de investir em uma carteira diversificada, sem precisar comprá-las individualmente.
GOLD11 (3,28% da minha Carteira): O GOLD11 é um ETF que replica o preço do ouro no mercado internacional. Gerido pela XP, esse fundo busca oferecer aos investidores uma forma simples e acessível de investir no metal precioso sem precisar comprá-lo fisicamente. Além disso o ouro é tradicionalmente visto como um ativo de proteção contra crises, inflação e oscilações do mercado. O GOLD11 permite exposição ao ouro de forma prática, sem a necessidade de armazenamento ou custos adicionais. É uma opção interessante para diversificação da carteira e para investidores que buscam segurança e preservação de valor no longo prazo. Nessa matéria, você pode saber tudo sobre a importância de investir em ouro.
Leia Mais: Como a Bolsa de Valores Funciona?
Minha Estratégia de Investimento
Conforme citado, utilizo em minha carteira de investimentos uma mescla dos modelos ARCA e BESST para criar o meu próprio estilo. Em princípio, mantenho um perfil de investimento moderado, sempre focado em empresas e ativos que geram bons dividendos e com uma visão de longo prazo. Acredito que construir patrimônio de forma consistente exige paciência, disciplina e a escolha de investimentos sólidos, capazes de proporcionar renda passiva ao longo do tempo.
Além disso, realizo um rebalanceamento da carteira, aportando mais recursos em bons ativos conforme novas oportunidades surgem. Essa estratégia me permite ajustar a alocação dos investimentos de forma inteligente, sempre reinvestindo os dividendos. Assim reforço posições que demonstram potencial e garanto um portfólio alinhado aos meus objetivos financeiros.
Objetivos com o Investimento
O principal objetivo ao montar minha carteira de investimentos quando comecei a investir, foi a aposentadoria. Agora você me pergunta: “Como assim, Euller?” Cito aposentadoria, pois em 2021 comecei a pensar que seria extremamente difícil alguém se aposentar com qualidade em 2070 dependendo exclusivamente do Governo. O sistema previdenciário do Brasil é muito obsoleto, algo que me fez criar meu próprio sistema previdenciário através, e principalmente, com dividendos.
Afinal, planejo minha aposentadoria por meio de investimentos, construindo um portfólio sólido e diversificado que me permita alcançar independência financeira no longo prazo. Em vez de depender exclusivamente da previdência tradicional, escolho ativos que oferecem rentabilidade previsível e geração de renda passiva, como dividendos de ações e FIIs.
Conclusão
Portanto, minha carteira de investimentos é um reflexo da minha estratégia e perfil de investidor. Continuo ajustando as posições conforme necessário, sempre buscando aprendizado e equilíbrio entre risco e retorno. Inclusive, para quem está começando, recomendo estudar bastante e ter paciência para colher os frutos no longo prazo.
E você, como está estruturando seus investimentos? Compartilhe suas experiências nos comentários!
Quer ficar por dentro das últimas tendências e dicas sobre investimentos? Assine nossa Newsletter e siga-nos nas redes sociais. Torne-se um mestre das finanças!